Realismo

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Entre 1850 e 1900 surge nas artes européias, sobretudo na pintura francesa, uma nova tendência estética chamada Realismo, que se desenvolveu ao lado da crescente industrialização das sociedades. O homem europeu, que tinha aprendido a utilizar o conhecimento científico e a técnica para interpretar e dominar a natureza, convenceu-se de que precisava ser realista, inclusive em suas criações artísticas, deixando de lado as visões subjetivas e emotivas da realidade.

São características gerais:

* o cientificismo
* a valorização do objeto
* o sóbrio e o minucioso
* a expressão da realidade e dos aspectos descritivos

A Arquitetura
Essas novas idéias estéticas manifestaram-se em todas artes. A arquitetura, por exemplo, ao adaptar-se ao novo contexto social, tende a tornar-se realista ou científica. Os arquitetos e engenheiros procuram responder adequadamente às novas necessidades urbanas, criadas pela industrialização. As cidades não exigem mais ricos palácios e templos. Elas precisam de fábrica, estaçõesferroviárias, e moradias tanto para os operários quanto para os mais ricos.


Gustavo Eiffel - Torre Eiffel

ESCULTURA
Na escultura do realismo não se preocupou com a idealização da realidade. Ao contrário, procurou recriar os seres tais como eles são. Além disso, os escultores preferiam os temas contemporâneos, assumindo muitas vezes uma intenção política em suas obras. Sua característica principal é a fixação do momento significativo de um gesto humano.


Auguste Rodin - Os Burgueses de Calais


Auguste Rodin - O Beijo


Auguste Rodin - O Pensador

Pintura

Características da pintura:

* Representação da realidade com a mesma objetividade com que um cientista estuda um fenômeno da natureza, ou seja, o pintor buscava representar o mundo de maneira documental;
* Ao artista não cabe "melhorar" artisticamente a natureza, pois a beleza está na realidade tal qual ela é; e.
* Revelação dos aspectos mais característicos e expressivos da realidade.

Temas da pintura:

* Politização: a arte passa a ser um meio para denunciar uma ordem social que consideram injustas; a arte manifesta um protesto em favor dos oprimidos.
* Pintura social denunciando as injustiças e a imensa desigualdade entre a miséria dos trabalhadores e a opulência da burguesia. As pessoas das classes menos favorecidas - o povo, em resumo - tornou-se assunto freqüente da pintura realista. Os artistas incorporavam a rudeza, a fealdade, à vulgaridade dos tipos que pintavam, elevando esses tipos à categoria de heróis. Heróis que nada têm a ver com os idealizados heróis da pintura romântica.
Principais pintores:

Courbet - foi considerado o criador do realismo social na pintura, pois procuraram retratar em suas telas temas da vida cotidiana, principalmente das classes populares. Manifesta sua simpatia particular pelos trabalhadores e pelos homens mais pobres da sociedade no século XIX.

Corbet - Moças peneirando trigo

Jean-François Mele, sensível observador da vida campestre, criou uma obra realista na qual o principal elemento é a ligação atávica do homem com a terra. Foi educado num meio de profunda religiosidade e respeito pela natureza. Trabalhou na lavoura desde muito cedo. Seus numerosos desenhos de paisagens influenciaram, mais tarde, Piçarra e Van Gogh.


Jean-François Millet - Angelus








 

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